segunda-feira

TEXTO 4- ARTHROPODA CHELICERATA: ARACHNIDA

  • Ruppert e Barnnes (1996) e Purves et al (2006) consideram os quelicerados com 3 Classes distintas: Pycnogonida, Merostomata e Arachnida. Mesmo assim, os primeiros autores consideram os quelicerados como um subfilo e os outros autores, trazem os quelicerados para o status de filo. Na publicação de Brusca e Brusca (2007) o status de subfilo é mantido, porém com a denominação de Cheliceriformes e, os quelicerados passam a figurar como uma classe, onde estão inclusa as subclasses merostomata e arachnida e, as aranhas do mar continuam compondo a Classe Pycnogonida Portanto com um arranjo taxonômico diferenciado.
  • O que uni a diversidade de quelicerados, fora aquelas características compartilhadas por todos os artrópodes, como simetria bilateral, segmentação, celoma, triploblástico, protostômios, apêndices articulados e presença de exoesqueleto, diz respeito ao arranjo do corpo, individualizando o subfilo dos demais artrópodes.
(http://www.adetecta.com.br/images/escorpiao_desc.jpg)
  • A cabeça dos quelicerados está completamente fundida ao tórax, agora denominado de prossoma, sendo constituído por 6 somitos, além do ácron pré-segmentar. Geralmente esta região é recoberta por uma carapaça. É possível observar a presença de olhos simples (medianos) e olhos compostos nas laterais.
  • Há ausência de antenas e mandíbulas, com o corpo dividido em 2 tagmas (prossoma e opistossoma), contendo apêndices multisegmentados e unirremes apenas nos segmentos torácicos, em número de 6 pares, sendo o primeiro par formado pelas quelíceras e o segunda por representado pelos pedipalpos. Os demais pares de apêndices são patas ambulacrais.  
  • As quelíceras são utilizadas na alimentação, geralmente possuem pinças nas extremidades ou glândula peçonhenta e uma garra terminal nas aranhas; já os pedipalpos são apêndices empregados no processo de captura e alimentação pela maioria dos quelicerados, podendo eventualmente ser usado para ataque e defesa. Em algumas espécies, ele é modificado durante a época reprodutiva, apresentando uma espécie de bulbo que auxilia na transferência do espermatóforo.
  • O opistossoma é formado por 12 segmentos, podendo ser dividido em mesossoma e metassoma, como nos escorpiões, além de apresentar um telson terminal. A maioria dos aracnídeos além dos escorpiões, essas duas subdivisões não são evidentes, e os segmentos comumente encontram-se fundidos. Portanto é desprovido de qualquer tipo de apêndice locomotor, existindo nas aranhas estruturadas denominadas de fiandeiras, responsável pela liberação da seda que formará a teia e, nos escorpiões, é encontrado estruturas sensitivas denominadas de pentes.
  • Sistema Digestório Completo, com hábito alimentar carnívoro; digestão parcialmente extra-corporal, onde o aracnídeos geralmente introduz o veneno em sua presa através das queliceras conectadas a glândulas de venenos (aranhas) ou com o bulbo que se forma na parte final do telson (escorpiões). A presa é parcialmente digerida com as enzimas que são lançadas e, o alimento fluido é sugado através da boca por uma faringe muscular, passando ao esôfago e chegando ao intestino ou mesêntero, que se localiza ao longo do corpo, tendo a parte terminal esclerosada, conectando-se com o ânus.
  • Sistema Respiratório: estrutura característica são os pulmões foliáceos; além deles podem existir também traquéias. Algumas espécies utilizam ambas as estruturas no processo de respiração. Os pulmões foliáceos são estruturas típicas dos quelicerados aracnídeos, Surgi  como processo de invaginação do tegumento, possivelmente tendo evoluído a partir das brânquias laminares. Formam um bolso esclerosado de cada lado do corpo, formando lamelas separadas por barras. As trocas ocorrem por difusão do ar que circula entre as lamelas e o sangue que circula internamente nas lamelas. O lado não pregueado do bolso forma um espaço por onde o ar circula e é lançado para o meio externo através de espetáculos.
  • Sistema Circulatório Aberto: o coração resulta de dilatações do vaso principal – aorta; a hemolinfa circula por esse vaso e por espaço abertos, denominados de hemocelos.
  • Sistema Excretor: segue o mesmo padrão dos artrópodes, que corresponde a um saco de fundo cego e túbulos, onde ocorre a filtração e liberação através de poros localizados na base da coxas (glândulas coxais); além delas, pode ocorrer também túbulos de Malpighi. Como forma de adaptação para evitar a perda de água, o produto nitrogenado resultando da excreção corresponde principalmente a guanina, que é insolúvel em água, requerendo uma quantidade mínima para a excreção. O principal produto da excreção corresponde a guanina, como forma de adaptação ao meio terrestre, uma vez que é insolúvel em água.
  • Sistema nervoso é concentrado na região anterior e do tipo ganglionar, formando um protocérebro e um tritocérebro. Há uma tendência dos gânglios migrarem do tórax e do abdômen, formando uma espécie de anel subesofágico, de onde parte um cordão nervoso ventral para os apêndices e um feixe para o abdômen.
  • Segundo Brusca e Brusca (2007) este é o Bauplan de todos os quelicerados. A partir deles, teremos uma diversificação e, no caso dos aracnídeos, há várias adaptações para a vida no meio terrestre.

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